1 CARTA DE UMA MÃE PORTUGUESA. Qui Fev 19, 2015 5:51 am
Fernando Duque
Técnico Vip do fórum
Querido filho,
Te escrevo para que saibas que estou viva. Escrevo devagar porque não sei se tu sabes ler rápido.
Bom, não vais mais reconhecer a casa quando vieres, por que a gente se mudou.
Finalmente enterramos teu avô. Encontramos o cadáver na mudança; estava no armário desde aquele dia em que ganhou da gente brincando de esconde-esconde.
Hoje tua irmã Julia teve um filho, mas como ainda não sei se é menino ou menina, não posso dizer se você é tio ou tia.
Estou preocupada com o cachorro Bobby, que insiste em perseguir os carros parados e está ficando cada vez mais chato. Teu irmão José fechou o carro com a trava e deixou as chaves dentro, teve que ir lá a casa para pegar a chave duplicada e poder tirar todos nós de dentro do carro.
Esta carta te mando por Manolo, que vai amanhã para aí. A propósito, será que podes pegá-lo no aeroporto?
Bom, meu filho não escreve o meu endereço por que não o sei. È que a última família portuguesa que morava aqui levou os números para não terem que mudar de endereço.
Se encontrares a D. Maria, dá um alô de minha parte; caso não a encontres, não precisas dizer nada.
Tua mãe que te ama:
EU
P.S.: Ia te mandar cem escudos, mas já fechei o envelope.
Te escrevo para que saibas que estou viva. Escrevo devagar porque não sei se tu sabes ler rápido.
Bom, não vais mais reconhecer a casa quando vieres, por que a gente se mudou.
Finalmente enterramos teu avô. Encontramos o cadáver na mudança; estava no armário desde aquele dia em que ganhou da gente brincando de esconde-esconde.
Hoje tua irmã Julia teve um filho, mas como ainda não sei se é menino ou menina, não posso dizer se você é tio ou tia.
Estou preocupada com o cachorro Bobby, que insiste em perseguir os carros parados e está ficando cada vez mais chato. Teu irmão José fechou o carro com a trava e deixou as chaves dentro, teve que ir lá a casa para pegar a chave duplicada e poder tirar todos nós de dentro do carro.
Esta carta te mando por Manolo, que vai amanhã para aí. A propósito, será que podes pegá-lo no aeroporto?
Bom, meu filho não escreve o meu endereço por que não o sei. È que a última família portuguesa que morava aqui levou os números para não terem que mudar de endereço.
Se encontrares a D. Maria, dá um alô de minha parte; caso não a encontres, não precisas dizer nada.
Tua mãe que te ama:
EU
P.S.: Ia te mandar cem escudos, mas já fechei o envelope.